O Banco Sol iniciou novo ciclo após aprovação do Plano de Recapitalização e Reestruturação (PRR) para o período 2025–2027 pelo Banco Nacional de Angola (BNA), soube o Mercado, segundo comunicado de imprensa da instituição.
A deliberação antecedeu a Assembleia Geral Ordinária de Accionistas, realizada em 29 de Abril, onde apresentaram o Relatório de Gestão e Contas de 2024, auditado pela Ernst & Young Angola.
Por: Adão Paxi
A Comissão Executiva, sob liderança de Osvaldo Macaia desde Maio de 2024, apresentou contas ajustadas do exercício anterior, após revisão com a EY.
Dados do comunicado indicam que o lucro de 2023 passou de 12 mil milhões para 7,9 mil milhões de kz, após inclusão de despesas com fornecedores, o que levou o BNA a suspender a distribuição de dividendos desse exercício.
A administração, em 2024, desconsiderou juros sobre créditos não produtivos, reconheceu passivos com fornecedores no valor de 7,4 mil milhões kz e registou imparidades segundo a norma IFRS 9, o que trouxe um prejuízo avaliado em 6,8 mil milhões kz.
De acordo com o comunicado, os capitais próprios reduziram-se para 77,6 mil milhões kz, face aos 83,9 mil milhões de 2023, devido as medidas de 2024, juntamente com os princípios de prudência e normas internacionais de contabilidade.
O banco registou aumento de 13,1% na base de clientes, atingindo 2,27 milhões. Os depósitos caíram 3,3%. A cobertura de crédito por imparidades passou de 6,34% para 58,53%.
O PRR inclui aumento de capital, reorganização operacional, corte de 30% no quadro de pessoal, encerramento de agências, venda de activos e reforço da recuperação de crédito e captação de depósitos.
Desde Maio, a administração iniciou a execução do Plano Estratégico 2024–2027. O diagnóstico apontou falhas no controlo interno, na capitalização e na estrutura patrimonial.
O BNA aprovou o PRR e reconheceu a estratégia da nova administração.
O ano de 2025 marca nova etapa com foco em disciplina financeira, execução e reconquista do mercado.