Nas eleições de 2019, no Malawi, o povo heróico esteve durante meses nas ruas até à anulação das eleições fraudulentas
Fonte: Facebook
1 – Foi um dos raros exemplos em África de um tribunal superior INVALIDAR uma eleição presidencial devido a fraude generalizada.
2 – O processo teve início com as eleições presidenciais de 2019, nas quais o então presidente Peter Mutharika, do Partido Progressista Democrático (DPP), foi fraudulentamente declarado vencedor.
3 – Mas a oposição e o povo simplesmente disseram: Não à fraude.
4 – As principais irregularidades denunciadas incluíam o uso de líquido corretor (“tippex”) – ou seja, o partido no poder usou corretor para alterar os números a seu favor – inacreditável.
5 – Após a vitória “esmagadora” do partido no poder, contestada pela oposição, o Malawi entrou rapidamente numa crise sem precedentes.
6 – Os jovens, líderes da oposição e a sociedade civil organizaram uma agenda de manifestações massivas que durariam meses e meses, sem interrupção.
7 – Estas manifestações, que começaram em junho de 2019, estenderam-se até 2020.
8 – Milhares de malawianos, fraudados, humilhados e frustrados, saíram às ruas para exigir a ANULAÇÃO das eleições.
9 – A estratégia do povo do Malawi foi atacar alvos bem específicos: os tribunais.
10 – Depois de meses de turbulências, o tribunal superior, numa decisão inédita, foi forçado a anular as eleições presidenciais.
11 – Demonstrando que a vontade do povo e a capacidade de organização da sociedade civil são a única via para combater a fraude eleitoral.
12 – Já em junho de 2020, finalmente, realizou-se uma nova eleição e Lazarus Chakwera, da coligação da oposição “Tonse Alliance”, venceu com 58,57% dos votos.
13 – Malawi é um país africano e membro da SADC: O poder é do povo.