O Presidente da República garantiu, terça-feira, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, com a melhoria do ambiente de negócios nos últimos anos, Angola está aberta ao turismo e ao investimento privado directo em praticamente todos os ramos da economia que sejam do interesse dos investidores.
Por: Justiça sem Isenção
João Lourenço manifestou esta abertura durante o discurso no Debate de Alto Nível da 79ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, que arrancou com as habituais intervenções iniciais do Brasil e dos Estados Unidos da América.
O Chefe de Estado informou aos presentes que Angola é um país hospitaleiro, aberto ao mundo e sempre disponível para funcionar como parceiro proactivo para ajudar no incremento da cooperação global, em prol do desenvolvimento e da implementação de acções conjuntas e complementares que ajudem a responder aos desafios permanentes do combate ao terrorismo internacional e de outras ameaças à paz, à segurança mundial e ao desenvolvimento sustentável.
O Chefe de Estado informou que Angola está a realizar um grande esforço para colocar o país na rota do progresso e do desenvolvimento, na base de políticas que estabelecem prioridades contidas no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN), que tem como eixos principais a diversificação da economia, a redução da dívida pública, a mobilização de receitas internas, a optimização da despesa pública nas áreas prioritárias da saúde e da educação e da execução de programas específicos de protecção social.
Apesar de serem tarefas complexas, por requererem tempo, recursos humanos suficientes e capacitados para as executar com sucesso, João Lourenço deu a conhecer que o país está a registar progressos encorajadores, cujos benefícios se farão sentir com o decorrer do tempo.
No conjunto das iniciativas bem-sucedidas, o Chefe de Estado mencionou a construção de sistemas de transferência de água para zonas “fortemente” afectadas pela seca no Sul do país, onde referiu que a pobreza e a miséria estão a abrir, agora, caminho para uma perspectiva de prosperidade e uma vida mais digna para as populações.
No âmbito, ainda, das acções do Governo angolano para melhorar o quadro social nacional e criar factores que potenciem o desenvolvimento da indústria e da agricultura, João Lourenço disse que o Executivo enveredou pela via da electrificação do país, em todas as suas latitudes, fazendo uma aposta na produção de energias limpas com a construção de grandes barragens hidroeléctricas e de parques fotovoltaicos.
Em termos de produção de energias limpas, para além dos mais de 6.500 Megawatts que o país produz hoje, o Presidente da República deu a conhecer a construção da barragem hidroeléctrica de Caculo Cabaça, que vai produzir mais de 2.000 Megawatts.
A par deste investimento, disse que vai começar, em breve, a construção do maior parque fotovoltaico do país, com um financiamento de 1,5 mil milhões de dólares americanos do EXIMBANK, para alimentar, fora da rede, um número considerável de localidades nas províncias da Huíla, Cunene, Namibe e Cuando Cubango.